sexta-feira, 13 de abril de 2012


Sou uma alma atormentada
cansada destas guerras vãs
contra tudo, contra todos
(das quais sempre saio perdedor)
nas quais sempre tenho muitas perdas
a maior delas, a do caráter.
Sou uma alma atormentada
fatigada por tantas desilusões
por nunca conseguir discernir
o real e o imaginário na vida
nos sonhos, nos corações e mentes.
Sou uma alma atormentada
(às vezes sou o mais feliz dos homens
e isto se deve à minha pequenina
estrela de brilho intenso
que clareia e traz cor
a este meu mundo acinzentado
mas quase que por todo o tempo
sou mesmo uma alma atormentada)
e não consigo reter comigo a felicidade
por mais do que alguns minutos
(ainda que eu muito me esforce
ela insiste escapar de meu alcance
como uma criança pirracenta).
Sou uma alma atormentada
oprimida por anseios e deveres
estigmatizada pela superestima
perseguida incansavelmente por cobranças
acusada, julgada, condenada
castigada por ser apenas humana.

06/11/05

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