Amanhã serei
um gigante
e conquistarei
o mundo.
Serei gente
grande
e no espanto
de quem me encontrar
todos me
temerão.
Serei um
imperador
e nas raias
sinuosas da lucidez
farei do mundo
todo
um grande e
alegre hospício.
Serei o dono
das coisas
e no enorme
tabuleiro de xadrez
em que
controlarei o jogo das vidas
debater-me-ei
em luta comigo mesmo
e
superar-me-ei no árduo traçar
de estratégias
e sairei vencedor
e as peças,
subservientes
aos meus
caprichos insanos
cairão diante
de mim.
Amanhã serei
homem
com asas de
anjo
e voarei para
bem longe,
onde nem o
espaço me pode alcançar,
farei do
incógnito subconsciente
minha casa, e
do tempo
meu brinquedo
particular.
Serei livre,
livre de mim
e terei
deixado para trás
a melancolia
dos sentimentos
e das paixões
humanas.
Serei tudo o
que as pessoas mais querem
e o que elas
mais odeiam
e têm medo de
ser.
Amanhã serei
mercúrio cromo
nas almas;
serei o descobridor
das inocentes
e o libertador
delas.
03 e/ou
04/06/96
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