Pega a caneta e o papel
derrama sobre ele o teu fel
e livra tua alma ressecada
da dor, do amargor, da estocada.
Pega a caneta e grita com ela
pois o que se grita como o que se vela
liberta do jugo da consciência
e dá aos olhos a simples ciência.
Pois ainda que tua imagem brilhante
se embace por bem mais que um instante
tua essência ainda permanece inalterada
esperando ainda por ser lapidada.
Enquanto ainda te resta o tempo
escreve ainda que com mui sofrimento
algo que de bom possa ser dito
quando o tempo para ti se tornar finito.
08/06/11 - 22:45
Jailton Matos
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