Pátria pródiga, povo próspero. Pátria pérfida, povo pobre.
Parcas profetizam problemas, profetas predizem pestilências.
Prognósticos pessimistas para país penso pelo poder.
Pátria permissiva, promete progresso prodigioso pelo pré-sal
produz para poucos patrões, prolifera paradigmas pro povo.
Pobre povo pedinte, pede pão, pede proteção, pede pinico.
Povo passivo, pacificamente pede por parlamento preparado
por políticas públicas para pacificar, para proteger
pede por projetos potenciais para periferia
por privada parceria para promover palco, poesia, pintura.
Parlamento pútrido, parcimonioso, pragueja:
Política pública pra pobre? Picasso pro povo?
Pra pobre, pão. Pro povo, pinico.
Playground pra pequeno pobre?
Pra prole pobre, pipa, pega-pega,
pica-pau, pernalonga, presuntinho, patolino, pateta...
Pobre pode pedir petiscos, picles, pistache, picanha?
Pobre pode pedir polenta, pode pegar piolho.
Porque pobre pede picadeiro? Povo palhaço, pedante...
Pátria piegas, parlamentares preguiçosos.
Povo pisado, perturbado, peleja por pedidos: protesta, passeia, paralisa!
Povo protesta porque? Povo protesta por plebiscito?
Plebiscito!? Pretexto para presidente, para partido perpetuar poder.
Povo protesta pela pátria, povo protesta pelo país.
Povo protesta por passagem, por preços, por posto.
Povo protesta para parar preconceito
povo protesta para parar PEC.
Povo pede polícia, pede professor, pede para participar.
Peregrinando pelas pistas, povo pede pelo presente, povo pede pelo porvir.
Protestos param país. Protesto pode parar país?
Paraná protesta. Pernambuco protesta. Protesta Paraíba.
Paulista protesta? Paulista para Paulista por protesto.
Paulínia, polo petroquímico, protesta. Pacaembu protesta
Pedreira protesta, Piracicaba, Pindamonhangaba! País protesta!
Polícia prende participantes. Preso político pode.
Pergunto: Pode prender político? Pode prender parlamentar processado?
Pode prender prefeito possado? Pode prender procurador procurado?
Pode prender padre pedófilo? Pode prender pastor pedinte?
Parece... Pode prender pobre, pode prender preto, pode prender pivete.
Pode prender paupérrimo progenitor, penando por prole pálida
padecendo pindaíba para partilhar parcas provisões.
Pasmado, pede pinga pra passar problemas.
Porre passado, persiste pindura.
Piquenique pra pobre? Paçoca, pipoca.
Podólogo? Pobre pode pagar podologia? Pedicuro pro pobre pé podre.
Prouni porque? Pode pedagogo pobre? Psicólogo, psiquiatra pode?
Pobre pode postular? Profissão para pobre? Pedreiro, padeiro, porteiro.
Posto? Pharmácia. Pra pneumonia, passa paracetamol. Pra pele? Permanganato.
Político promete pacas! Planalto propõe pacto pela previdência.
Partilhar pode produzir prejuízos públicos.
Pro papai, padrinho político prepara posto. Perece-se pagão, possuindo padrinho?
Prefeitura? Penduricalho pra primos, para parentes próximos.
Prefeito passeia por Paris. Pobre? Pesque-pague.
Piano para proeminente. Pro povo, pagode.
Pelo país? Progresso? Parvoíces...
Patricinhas posam peladas para paparazzi, para Playboy.
Popozudas passeiam pelas praias, poderosas.
Pagaram preço pleno por protuberância plástica para preencher peitos.
Pagaram porque podem, porque pode pagar parcelado pelo perfil panicat.
Perdidos pela paixão pintam paisagens poéticas
plena piracema, pescadores pescando!
Placas para proteção pedem “pare”; placas proíbem parar.
Pra passar precisa pagar pedágio.
Precisa pagar pra parar, pra pernoitar, pra proteger, pra prosseguir.
Premente passarela para pedestres. Paraplégico passa por passarela?
Por passarela passa piloto, passa parteira, passa pobre parida.
Porém, pode pegar peste, perdida pelas pontes.
Protegem puro plágio, pirateiam produtos protegidos. Pirataria perfeita pode.
Posseiros puxam pistola, pegam propriedades particulares
pivetes pedintes pululam pelas praças
pequenos perdidos por Peter, predestinados pelo papa
prostitutas passeiam pelos paralelepípedos para pegar pagantes
policiais pedem peita para permitir
por pouca patrulha por pudor, pornógrafos putrefazem pessoas
púlpitos prometem paraíso por paga prolixa
pecadores pagam promessas, promovem procissão
para poder pecar persistentemente, paulatinamente
padre profere punição prescrevendo penitência para perdoar pecados
porquanto planta pecados próprios. Padre perdoa próprio pecado?
Psicólogo pode prescrever? Prescreve pena pra político...
Paranóicos piram por pouco; por pouco perde-se pelejas
pacifistas pregam paz; projétil perdido para passante
parceiras prenhes por passatempo para presidiários
presos por pesar pó, por passar pedra pra pirar
produzida pelo perigoso primo peruano, Pablo
pichador polui paredes; progresso polui planeta
placa proclama: “Promoção. Poste padrão pronto.” Preço? Pechincha.
Pôneis processados por perjúrio, publicitário poderoso passa pernoite preso.
Pôncio Pilatos podia perdoar, preferiu passar pro povo
Paulo pregou para Pórcio, para príncipes
Pedro partiu pra peleja. Pedro primeiro papa? Para...
Pergaminhos preservados para posteridade prediziam parousia,
porém poucos percebem prometida presença
Ptolomeu propôs paz, Plínio pesquisou Platão
Patati, Patatá para pajear pimpolhos.
Patrocínio possibilitaria produção poética
potentados preferem promover patrícios
povo planta pomar, praga põe pra perder
povo pobre procura por pão podre,
prepotente promove pancadaria pública
professor percebe pagamento pequenino
paga-se pouquíssimo pelo precioso prólogo
povo pouco pode produzir para proveito próprio
porquanto por pórticos pelo planalto párias partilham PIB.
Pai, perdoa! Piedade, Pai!
País pitoresco, paternalista, paraíso perdido pra político.
Pátria, pare.
Pátria, pense.
Pátria, puna.
Pátria, proteja.
Poema pronto, paciência
poética perdida pelos profusos pleonasmos.
Preso pelo português, poetastro persevera
produzindo poesia palavrosa, plagiada.
Parcas profetizam problemas, profetas predizem pestilências.
Prognósticos pessimistas para país penso pelo poder.
Pátria permissiva, promete progresso prodigioso pelo pré-sal
produz para poucos patrões, prolifera paradigmas pro povo.
Pobre povo pedinte, pede pão, pede proteção, pede pinico.
Povo passivo, pacificamente pede por parlamento preparado
por políticas públicas para pacificar, para proteger
pede por projetos potenciais para periferia
por privada parceria para promover palco, poesia, pintura.
Parlamento pútrido, parcimonioso, pragueja:
Política pública pra pobre? Picasso pro povo?
Pra pobre, pão. Pro povo, pinico.
Playground pra pequeno pobre?
Pra prole pobre, pipa, pega-pega,
pica-pau, pernalonga, presuntinho, patolino, pateta...
Pobre pode pedir petiscos, picles, pistache, picanha?
Pobre pode pedir polenta, pode pegar piolho.
Porque pobre pede picadeiro? Povo palhaço, pedante...
Pátria piegas, parlamentares preguiçosos.
Povo pisado, perturbado, peleja por pedidos: protesta, passeia, paralisa!
Povo protesta porque? Povo protesta por plebiscito?
Plebiscito!? Pretexto para presidente, para partido perpetuar poder.
Povo protesta pela pátria, povo protesta pelo país.
Povo protesta por passagem, por preços, por posto.
Povo protesta para parar preconceito
povo protesta para parar PEC.
Povo pede polícia, pede professor, pede para participar.
Peregrinando pelas pistas, povo pede pelo presente, povo pede pelo porvir.
Protestos param país. Protesto pode parar país?
Paraná protesta. Pernambuco protesta. Protesta Paraíba.
Paulista protesta? Paulista para Paulista por protesto.
Paulínia, polo petroquímico, protesta. Pacaembu protesta
Pedreira protesta, Piracicaba, Pindamonhangaba! País protesta!
Polícia prende participantes. Preso político pode.
Pergunto: Pode prender político? Pode prender parlamentar processado?
Pode prender prefeito possado? Pode prender procurador procurado?
Pode prender padre pedófilo? Pode prender pastor pedinte?
Parece... Pode prender pobre, pode prender preto, pode prender pivete.
Pode prender paupérrimo progenitor, penando por prole pálida
padecendo pindaíba para partilhar parcas provisões.
Pasmado, pede pinga pra passar problemas.
Porre passado, persiste pindura.
Piquenique pra pobre? Paçoca, pipoca.
Podólogo? Pobre pode pagar podologia? Pedicuro pro pobre pé podre.
Prouni porque? Pode pedagogo pobre? Psicólogo, psiquiatra pode?
Pobre pode postular? Profissão para pobre? Pedreiro, padeiro, porteiro.
Posto? Pharmácia. Pra pneumonia, passa paracetamol. Pra pele? Permanganato.
Político promete pacas! Planalto propõe pacto pela previdência.
Partilhar pode produzir prejuízos públicos.
Pro papai, padrinho político prepara posto. Perece-se pagão, possuindo padrinho?
Prefeitura? Penduricalho pra primos, para parentes próximos.
Prefeito passeia por Paris. Pobre? Pesque-pague.
Piano para proeminente. Pro povo, pagode.
Pelo país? Progresso? Parvoíces...
Patricinhas posam peladas para paparazzi, para Playboy.
Popozudas passeiam pelas praias, poderosas.
Pagaram preço pleno por protuberância plástica para preencher peitos.
Pagaram porque podem, porque pode pagar parcelado pelo perfil panicat.
Perdidos pela paixão pintam paisagens poéticas
plena piracema, pescadores pescando!
Placas para proteção pedem “pare”; placas proíbem parar.
Pra passar precisa pagar pedágio.
Precisa pagar pra parar, pra pernoitar, pra proteger, pra prosseguir.
Premente passarela para pedestres. Paraplégico passa por passarela?
Por passarela passa piloto, passa parteira, passa pobre parida.
Porém, pode pegar peste, perdida pelas pontes.
Protegem puro plágio, pirateiam produtos protegidos. Pirataria perfeita pode.
Posseiros puxam pistola, pegam propriedades particulares
pivetes pedintes pululam pelas praças
pequenos perdidos por Peter, predestinados pelo papa
prostitutas passeiam pelos paralelepípedos para pegar pagantes
policiais pedem peita para permitir
por pouca patrulha por pudor, pornógrafos putrefazem pessoas
púlpitos prometem paraíso por paga prolixa
pecadores pagam promessas, promovem procissão
para poder pecar persistentemente, paulatinamente
padre profere punição prescrevendo penitência para perdoar pecados
porquanto planta pecados próprios. Padre perdoa próprio pecado?
Psicólogo pode prescrever? Prescreve pena pra político...
Paranóicos piram por pouco; por pouco perde-se pelejas
pacifistas pregam paz; projétil perdido para passante
parceiras prenhes por passatempo para presidiários
presos por pesar pó, por passar pedra pra pirar
produzida pelo perigoso primo peruano, Pablo
pichador polui paredes; progresso polui planeta
placa proclama: “Promoção. Poste padrão pronto.” Preço? Pechincha.
Pôneis processados por perjúrio, publicitário poderoso passa pernoite preso.
Pôncio Pilatos podia perdoar, preferiu passar pro povo
Paulo pregou para Pórcio, para príncipes
Pedro partiu pra peleja. Pedro primeiro papa? Para...
Pergaminhos preservados para posteridade prediziam parousia,
porém poucos percebem prometida presença
Ptolomeu propôs paz, Plínio pesquisou Platão
Patati, Patatá para pajear pimpolhos.
Patrocínio possibilitaria produção poética
potentados preferem promover patrícios
povo planta pomar, praga põe pra perder
povo pobre procura por pão podre,
prepotente promove pancadaria pública
professor percebe pagamento pequenino
paga-se pouquíssimo pelo precioso prólogo
povo pouco pode produzir para proveito próprio
porquanto por pórticos pelo planalto párias partilham PIB.
Pai, perdoa! Piedade, Pai!
País pitoresco, paternalista, paraíso perdido pra político.
Pátria, pare.
Pátria, pense.
Pátria, puna.
Pátria, proteja.
Poema pronto, paciência
poética perdida pelos profusos pleonasmos.
Preso pelo português, poetastro persevera
produzindo poesia palavrosa, plagiada.
Patético.
- JM della Rosa
2 comentários:
Merece aplausos pela sua obra. Muito boa !
Obrigado pela gentileza, Neusa Marilda! Continue acompanhando o blog!
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